Sou professora há 21 anos e durante minha caminhada, já me deparei com diversas situações e realidades, mas este é um ano bem especial em minha carreira. Trabalho com uma turma de 5º ano, com apenas 14 alunos, mas é uma turma com características muito singulares, em especial um aluno com baixa visão. E este tem sido um dos meus desafios. Partindo do princípio que escola inclusiva é aquela que garante ao aluno um ensino de qualidade, reconhece e respeita a diversidade de acordo com as potencialidades de cada indivíduo, procuro adaptar minha prática e não fazer com que meu aluno se adapte a ela. Falando assim, parece simples, e se engana quem pensa assim. Cada dia é um novo desafio, então procuro proporcionar ao meu aluno recursos que supram sua necessidade: lápis 6b ou 9b, canetas coloridas e cadernos com linhas maiores e de traçado mais grosso (que são enviados pelo MEC ou quando faltam, a Escola monta os cadernos xerocando e encadernando as folhas), disponibilizo lupas, todos os Xerox são ampliados e quando as atividades são digitadas sempre são feitas em letras maiúsculas no tamanho 16 e em negrito. Sabemos que, quando se fala em educação, não existe receita, pois aprende-se muito ensinando.
Os preparativos envolveram todo grupo de professores, bem como de alunos, que estavam muito empolgados 
